sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Designer de carros é raridade no País



O que faz o visual do carro popular Celta ser diferente do luxuoso Camaro? Este é o papel do designer automotivo, profissional que desenvolve as aparências interna e externa dos veículos produzidos pela indústria automobilística.
Nos primeiros sete meses deste ano, foram fabricados 2,02 milhões de veículos, 4,3% a mais que no mesmo período de 2010. Apenas em junho, as montadoras criaram 612 vagas no setor. A média de venda de carros novos chega a 14,5 mil por dia. Neste cenário, desenvolver um produto que se diferencie no mercado é um desafio e tanto.
Não existe hoje graduação específica na área de design automotivo. A maioria dos profissionais faz cursos de design de produtos ou desenho industrial. A porta de entrada para o mercado é saber desenhar. Mas somente esta habilidade não garante emprego, conforme o designer automotivo da General Motors Leandro Trovati, 33 anos. "É preciso estar antenado na moda, em novas tendências e ter capacidade de vender ideias", destacou ele, que é responsável pelo design do interior dos automóveis.
Para Trovati, o mais importante não é ter portfólio cheio de desenhos. "É melhor ter cinco ou seis projetos fechados na manga, pois a capacidade de pensar o todo é valorizada."
Como a carreira não tem formação específica, ingressar neste setor pode ser tarefa mais complicada, mas compensa: o salário mensal de um designer automotivo em início de carreira varia de R$ 3.000 a R$ 5.000. Colega de Trovati na GM, Gabriel Clemente, 32, participou de concurso de design produzido por uma indústria automobilística. Venceu e conquistou um estágio.
Clemente sempre foi apaixonado por desenho. "Certa vez um professor de química do colégio veio olhar meu caderno e viu que não tinha nenhuma matéria, só desenhos. Ele me disse que precisava melhorar minhas notas, mas que tinha certeza que trabalharia com criação."
Além do concurso, Clemente passou cinco anos na Alemanha, período que considera crucial em sua carreira. "A experiência no Exterior é importante porque a Europa está muito mais avançada na questão do design que o Brasil. Lá é possível ver conceitos e ideias que podem ser aplicados conforme a nossa realidade." 
INGLÊS
Background, appeal, design. Falar inglês é tão básico quanto desenhar para quem deseja desenvolver veículos. "Nossa base de trabalho é a comunicação, e o inglês é utilizado na rotina da empresa", explicou o designer Marcos Miwa, 33.
Também há diferenças entre o designer automotivo de interiores e exteriores. É fácil entender o porquê: o exterior é como uma mulher bonita, que atrai o consumidor à primeira vista. Porém, se o interior não tiver conteúdo, ou seja, não for funcional e, ao mesmo tempo, belo, o carro não vende. Está aí o grande desafio: atrair o consumidor primeiro pelos olhos, e depois pelo coração.

Meu nome é Augusto Kruger, sou diretor de marketing e apaixonado por tecnologia e artes gráficas. Eu trabalho na Papira como Diretor de Marketing e arte finalista. Aqui vou tentar trazer um conteúdo interessante, com coisas que eu gosto e que significam algo para mim e para as pessoas que eu conheço.

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